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O blog de Inglês Para Hotelaria divulga informações sobre hotelaria, turismo, gastronomia e língua inglesa.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Como é trabalhar a bordo de um navio de cruzeiro?




Considerada a terceira maior indústria do mundo, a hotelaria emprega 260 milhões de pessoas e suas oportunidades para quem trabalha no ramo da hospitalidade são muito amplas: hotéis, hospitais, restaurantes, eventos e cruzeiros marítimos. 

Se você gosta de viajar, conhecer pessoas e tem bom nível de inglês, trabalhar a bordo de um navio de cruzeiro pode ser o emprego dos seus sonhos. 

Para esclarecer mais sobre como é o dia a dia de quem trabalha a bordo de um navio de cruzeiro, perguntamos para quem entende: Deise Gadelha, que trabalha nesse ramo desde 2010 e já fez mais de 40 viagens a bordo de um navio!



IPH: Qual sua função no cruzeiro?
DG: Sou camareira. De toda a tripulação, somos nós que temos mais contato com os passageiros. e portanto, nossa responsabilidade é grande. Além disso, boa parte do trabalho braçal do navio é feita por nós.

IPH: Como foi sua primeira viagem?
DG: Quando vamos para o navio pela primeira vez, imaginamos um mundo de fantasia. Chegamos assustados também, pois não conhecemos ninguém, nem a pessoas com quem vamos dividir a cabine. E o pior: não sabemos nos direcionar no navio que é enorme, parece mais uma cidade! E você tem que saber se localizar rápido, de preferência em 2 dias! No começo a gente fica meio perdida com tantas informações que recebemos. 


IPH: Como é o relacionamento com os hóspedes?
DG: Essa é a melhor parte, apesar de haver alguns que confundem as coisas e devemos saber como sairmos das cantadas feitas pelos passageiros. Sabe, como em qualquer local de trabalho, você deve ser profissional sem misturar as coisas, pois você está ali para trabalhar e não para passear! 

Tem pessoas que chegam e acham que estão arrasando (risos)! Acho que é pelo fato de estarem a passeio, eles pensam que nós também estamos. Porém, nosso relacionamento com os passageiros é estritamente profissional. Qualquer conduta imprópria pode resultar até em desembarque na hora!


IPH: E são em média quantos dias de viagem?
DG: Bom depende do cruzeiro. Pois tem cruzeiros de 7 dias que se faz na Europa. Existem minicruzeiros de 3 dias, cruzeiros temáticos, cruzeiros universitários de 10 dias... varia bastante. 


IPH: Vocês não enjoam de ficar no mar esse tempo todo?
DG: Os tripulantes que já têm experiência, muito pouco. Mas muitos passageiros ficam enjoados a ponto de pedirmos socorro médico!


IPH: O que mais você aprecia em trabalhar num cruzeiro?
DG: A jornada de trabalho é grande, mas ao mesmo tempo gratificante! Pois tudo é lindo, a comida é de primeira e o ambiente de trabalho é maravilhoso. Porém, o que mais me impressionei e gostei, foi a quantidade de nacionalidades à bordo! Aprendemos sobre a cultura também! Eu já trabalhei com pessoas de Honduras, Madagascar, Indonésia, Cuba, Itália, Israel e Índia! É praticamente um intercâmbio cultural em alto mar!


IPH: Quais são as principais qualidades exigidas para trabalhar como camareira de cruzeiro?
DG: Quem atua nessa função tem que trabalhar bastante, falar inglês, ser educada, organizada e ágil. Deve também saber gerenciar muito bem seu tempo e claro, saber trabalhar em equipe!


IPH: Quantas cabines cada camareira você deve arrumar por dia? Como é sua rotina de trabalho?
DG: No último navio em que trabalhei foi fazendo a manutenção da sessão (conjunto de cabines) de 20 a 26 cabines, as horas de trabalho são divididas em 2 turnos. O trabalho vai das 6h ao meio dia, depois temos o intervalo da tarde e retornamos às 19h e ficamos até as 23h. Tanto no período de trabalho da manhã como o da noite, todas as cabines têm que estar em perfeita ordem e nada pode estar errado! Ah, outro detalhe: no navio não é aceito atraso de nenhuma maneira!


IPH: Quanto tempo de trabalho ao todo?
DG: No navio o contrato são de 9 meses sem nenhum dia de folga apenas horas. Dependendo da necessidade do navio chegamos a trabalhar até 16 horas. E ao longo desse tempo ficamos à disposição da empresa. E fazemos vários cruzeiros, cada um com duração média de 7 dias.


IPH: E como funcionam os dias de folga?
DG: Na hora das folgas que são umas 4 horas livres e dá pra aproveitar bastante. Podemos sair do navio qualquer dia, independente dos passageiros estarem dentro ou fora nós podemos descer, pois o importante é cumprir os horários de trabalho. Quando concluímos, vamos ao nosso departamento e assinamos o horário que terminamos as cabines. E devemos fazer o mesmo quando retornamos.


IPH: Quanto é em média o salário de uma camareira? Vale a pena?
DG: A média é de 2.000 dólares, isso fora as gorjetas. Você trabalha muito, mas conhece os lugares que você quiser também como os passageiros! É claro que vale a pena! 


IPH: Como é feito o pagamento?
DG: Mensal, e por nacionalidade. Há o dia de pagamento dos brasileiros, dos indonésios e por aí vai.


IPH: Existe algum curso específico exigido para se trabalhar num cruzeiro?
DG: Sim. Precisamos fazer cursos de segurança a bordo, como o STCW e o CFPN. O STCW - Standards of Training, Certification and Watchkeeping que é o mesmo Curso Básico de Segurança de Navio (CBSN). O CBSN é o primeiro passo para quem pretende embarcar para trabalhar num navio de cruzeiro. E o CFPN é o Curso de Familiarização de Proteção de Navio. 


IPH: Como é o seletivo para trabalhar num cruzeiro? 
DG: Para começar, você vai uma agência que recrute pessoas para trabalhar em cruzeiros e deixa o currículo para eles avaliarem, se for aprovado no currículo eles te ligam marcando a entrevista. Parte da entrevista eles avaliam seu nível de inglês.

Você ainda faz um curso Prático de primeiro socorros, e se for aprovado em tudo... Parabéns, você é um PNT (Profissional Não Tripulante)!


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A origem da palavra gorjeta



Segundo o dicionário Michaelis, gorjeta é uma gratificação a "um pequeno serviço, além do preço estipulado". A sua etimologia provém da palavra francesa gorge, que significa garganta. Era o velho hábito de oferecer alguma bebida para "molhar a garganta" de quem ajudava voluntariamente em algum pequeno trabalho. 

O espanhol utiliza para gorjeta a palavra propina, proveniente do verbo latino propinare, que significa oferecer algo para beber. O francês serve-se do termo pour boire, cuja tradução literal é "para beber"

Variando um pouco, os italianos adotaram a palavra mancia, oriunda do francês manche (manga), retratando o costume das mulheres darem suas mangas aos cavalheiros que participavam de um torneio. Os norte-americanos utilizam o termo tip (To Insure Promptness) que objetivamente visa garantir rapidez na realização do serviço.

Fonte: Ministério do Turismo


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

As cinco qualidades mais apreciadas na hora da contratação



Pesquisa feita pelo CareerBuilder e divulgada pelo Wall Street Journal perguntou para mais de 2 mil recrutadores e profissionais de Recursos Humanos quais pontos são levados em consideração na hora de escolher um candidato entre os finalistas igualmente qualificados. Veja abaixo o ranking das características mais importantes para o desempate.

1º - Humor – 27% dos entrevistados dariam a vaga para o candidato com mais senso de humor;
2º - Envolvimento – 26% dos recrutadores ofereceriam o emprego ao profissional com maior envolvimento com sua comunidade;
3º - Elegância – 22% escolheriam a pessoa que se vestisse melhor;
4º - Empatia – 21% dos profissionais de RH dariam o emprego para o candidato que tivesse mais gostos em comum;
5º - Porte físico – 13% dos recrutadores contratariam o profissional mais em forma.

Os profissionais entrevistados ainda citaram outros requisitos que seriam levados em consideração na hora de optar por um candidato: conhecimentos gerais e conexão com a cultura pop (8%), forte atuação nas redes sociais (7%) e conhecimento em esportes (4%).